O retrato de Marilyn Monroe feito por Andy Warhol, “Shot Sage Blue Marilyn”, foi leiloado por US$ 195 milhões, cerca de R$ 1 bilhão, nesta segunda, e bateu o recorde para uma obra do século 20 —que, até então, era ostentado por “As Mulheres de Argel”, do pintor espanhol Pablo Picasso, no valor de US$ 179,4 milhões, ou R$ 925,7 milhões na cotação atual.
Ainda assim, o retrato ficou abaixo das expectativas de leiloeiros e colecionadores, que acreditavam que a obra chegaria aos US$ 200 milhões.
“Shot Sage Blue Marilyn” pertencia à fundação dos irmãos Thomas Ammann e Doris Ammann, de Zurique, na Suíça, que a vendeu juntamente com outras 35 peças de artistas como Robert Ryman, Francesco Clemente, Sturtevant e Cy Twombly —além de outras obras de Warhol— para destinar o valor arrecadado a projetos de saúde e educação ao redor do mundo.
A icônica obra de 1,1 metro por 1,1 metro de Warhol faz parte de uma série de retratos que o maior expoente da pop art fez de Marilyn Monroe, após a morte da atriz por overdose de barbitúricos, em agosto de 1962.
Essa série de retratos foi renomeada “Shot”, ou tiro, depois que um visitante do The Factory, o estúdio de Warhol em Manhattan, abriu fogo contra eles, fazendo buracos nas telas. Mais tarde, as obras foram restauradas.
Antes do retrato de Marilyn Monroe, o trabalho mais caro de Warhol era “Silver Car Crash”, que foi vendido por US$ 104,5 milhões, em 2013.